segunda-feira, 14 de setembro de 2009

2.000 Anos de Liderança


Há quase 2000 anos, bilhões de pessoas seguem os ensinamentos de Cristo. Alguns discípulos são antigos; outros, mais recentes, mas todos com o mesmo fervor.

Qual o segredo desse líder que permanece atual à medida que o tempo passa? Quais são os seus pensamentos?

Jesus reunia qualidades que o caracterizavam como um líder autêntico, ao longo de um processo gradativo. O caminho para inspirar e transmitir segurança passa pelas atitudes do dia-a-dia. Por isso, a liderança é o patamar mais próximo da auto-realização. Essa é uma tarefa cheia de perigos e escolhas difíceis, mas oferece grandes recompensas. Jesus foi um líder visionário, ousado, às vezes fragilizado, mas sempre corajoso, determinado, confiável, solidário, enérgico quando necessário, e, acima de tudo, carismático e exemplar. Enfim, ele foi à síntese do que existe de divino em ser humano.
A seguir, apresento os 10 mandamentos da Liderança segundo Jesus Cristo, baseados nas características humanas de Cristo.

1. Compreensivo

Jesus confiava e acreditava em seu grupo, oferecendo-lhe a chance de aprender com o erro.
Incentivava os discípulos a tentarem sempre de novo.
A principal lição de Jesus é que não se pode julgar os outros com severidade, porque, do mesmo modo que julgar, o individuo será julgado.
Quem não compreensivo acaba sendo objeto de incompreensão. Jesus perdoava ao constatar o arrependimento sincero pelos erros cometidos. Nunca deixava de dizer aos seus seguidores o quanto eles eram importantes e sabia adequar o tipo de reconhecimento àqueles que o estivesse merecendo. Fazia isso por ter consciência de que a maior necessidade emocional de uma pessoa é se sentir valorizada. Só é respeitado quem for capaz de desenvolver a auto-estima, fundamental para a busca do autoconhecimento.
Jesus deixou claro que mais difícil do que perdoar é conscientizar-se do erro e assumi-lo, porque isso significa reconhecer que é preciso mudar os conceitos e o modo de agir. O importante é entender o equivoco para não comete-lo de novo ou, pelo menos, não repeti-lo em iguais circunstancias. Permissão para errar é permissão para crescer.
Cabe ao líder multiplicar competências, como Jesus fez com seus discípulos ao incentivar as habilidades duráveis de tosos eles que caracterizassem um diferencial para atingir o objetivo. Para extrair esse tipo de energia especial de uma equipe, ele leva seus integrantes a compreenderem o significado ao longo prazo do que estão realizando. Ao comandar uma equipe que estava aprendendo algo totalmente novo, o fez com base no companheirismo, no bom senso e na compreensão, fortalecendo as relações humanas.




2. Inspirador

Jesus se fazia seguir e obedecer por um grupo, de forma espontânea, dedicada e motivada, em direção a um objetivo. Transmitindo confiança e segurança, empolgava os colaboradores e os empurrava para frente. Ele estimulava a vontade de vencer em todos com quem se relacionava.
Como líder autentico, encarnava as crenças e os valores do grupo a que pertencia.
Com sua atuação carismática, conseguia que o grupo atingisse as metas com maior eficiência. Tinha iniciativa de líder e atuava de maneira preventiva, antecipando e estudando as possibilidades de erro. Estava sempre atento para as necessidades de ação e mudanças, e jamais hesitou em tomar providencias que evitariam ou remediariam problemas. Jesus não esperava as coisas acontecerem; ele as fazia acontecer em função dos objetivos que perseguia.

3. Oratória

O discurso de Jesus era simples e claro, utilizando metáforas alusivas ao cotidiano de seus espectadores. O objetivo era se fazer entender por todo tipo de pessoa e levar o individuo a exercitar o raciocínio (daí o emprego das parábolas). Jesus multiplicou seu talento de orador por vários discípulos e assim espalhou sua palavra. Quando se dirigia a um grupo, sabia como eram os seus integrantes, quais os interesses deles, suas expectativas, o nível de conhecimento e compreensão. Era habilidoso em argumentos para mudar as ações, os pensamentos e as opiniões de quem o escutava.
Jesus procurou não se desviar de seus objetivos e agia como orientador, embora ele próprio enfrentasse constantes desafios, pois suas propostas baseavam-se na igualdade e no amor ao próximo, ingredientes inovadores na época. Era o entusiasmo de seus discursos que inflamava platéias imensas. Mas como era um líder agregador, utilizava como instrumento um processo de empatia e de união – nunca de submissão ou opressão. Jamais subjugou alguém; impôs sua autoridade cativando outros.
A segurança vinha de suas fortes convicções, em acreditar no que dizia e demonstra-la através de atitudes, quando proferia os sermões.

4. Conselheiro

Jesus foi um grande educador e conselheiro, repassando conhecimentos e valores, tanto teóricos quanto práticos. A educação foi prioridade numero um de Jesus. Essa preocupação se revela com clareza em seus ensinamentos: “O fazei a árvore boa e o seu fruto bom; ou fazei a arvore má e o seu fruto mau; pois que pelo fruto é que se conhece a árvore” ( Mateus 12:33). Apesar de falar com muita autoridade, Jesus insistiu com veemência na necessidade de se ter à humildade de compreender que toda pessoa tem algo a ensinar e a aprender. O ser humano está em constante aprendizado, mas a qualquer momento pode ter de exercer o papel de educador e estar preparado para isso.
Assim, podia delegar poderes, pois não conseguiria (e não queria) fazer tudo sozinho (“Os campos estão prontos para a colheita, mas os trabalhadores são poucos”). Conceder autoridade é alavancar os dons pessoais dos colaboradores, incentivando-os a crescer e a desenvolver sua capacidade crítica, tornando-os multiplicadores de idéias.
Isso é liderança autêntica.
5. Confiança

O líder tem uma visão mais ampla da realidade e assume como sua a luta pelos interesses de todos aqueles que estão sob seu comando. Há ocasiões em que até as pessoas mais próximas põem em dúvidas a sua missão. É nesses momentos que a confiança em si mesmo e nos outros e a determinação são fatores decisivos. Jesus, por exemplo, estabeleceu suas intenções, metas, táticas, ações e manteve-se fiel a elas.
Para concretizar o plano de propagar sua mensagem, procurou satisfazer três necessidades: executou as tarefas a que se propôs, ensinando e realizando curas e milagres; montou uma equipe de colaboradores e motivou-os; deu ferramentas a seus seguidores para que crescessem e desenvolvessem a autoconfiança e a iniciativa.
Esta preparação tornou-o um exímio identificador de problemas no grupo e habilitou-o a ter uma noção exata do rumo que os discípulos estavam tomando.
Ele ensinou seus discípulos a verem significado e valor no trabalho que faziam, e a sentirem-se responsáveis pelas conseqüências de seus esforços. Havia confiança mutua e, no grupo, essa reciprocidade significava que todos os envolvidos podiam expor seus pontos de vista e falar abertamente das discordâncias, sem medo de retaliação.

6. Compaixão

A vontade sincera de auxiliar alguém com um problema era uma determinação inabalável de Jesus, o que explica em parte a fama que obteve em tão pouco tempo. A admiração de um grupo pelo líder vem da sua capacidade de solucionar problemas.
Há duas qualidades básicas que explicariam o grau de fidelidade despertado por Jesus na maioria das pessoas. A primeira era a capacidade real de resolver problemas, os seus e principalmente os dos outros. A segunda era ser intuitivo ao extremo. Todo fato é precedido de sinais que alguns executivos são capazes de captar: eles pressentem um acontecimento antes de sua ocorrência. Alem desses fatores, Jesus, enquanto estimulava o crescimento de seus discípulos, desenvolvia uma auto-imagem saudável e positiva, uma atitude de vencedor.

7. Humildade

Jesus estava reunido com os discípulos e estes lhe pediram para dizer quem era o maior no reino dos céus. Jesus, consciente de sua tarefa de líder, de estabelecer objetivos e prioridades, orientar e coordenar teve uma reação diferente da que poderíamos imaginar. Como essa conversa se desenrolou depois de pelo menos três anos de convivência com os apóstolos, ele percebeu que se irritar com eles seria didaticamente inútil. Pegou uma criança no colo, deu-lhe um abraço e disse: “A menos que deis meia volta e vos torneis como criancinhas, de modo algum entrareis no reino dos céus; e todo aquele que for humilde, semelhante a esta criancinha, é o maior no reino dos céus; e todo aquele que receber uma de tais criancinhas à base do meu nome, também a mim me recebe”. Ele fez das crianças os modelos perfeitos, porque estas são naturalmente simples, puras, sem ambição e, na maioria das vezes, não estão ainda contaminadas pelo senso de hierarquia ou preconceitos.




8. Comprometimento

Jesus enfrentara inúmeros obstáculos intangíveis para transmitir a sua mensagem. Como um líder que era, não podia se permitir o desânimo; precisava manter acesa a sua crença ou, ainda que achasse uma tarefa difícil, motivar as pessoas a acreditarem nela.
A persistência de um líder pode fazer com que uma meta aparentemente impossível se torne realidade. Um dos maiores diferenciais de Jesus com relação aos demais: possuía a grandeza que só os efetivamente iluminados tem de se dedicar a ideais que talvez não sejam concretizados no espaço de suas vidas. Ele era um gerador de idéias novas. Sua grande capacidade de contagiar os outros com seus ensinamentos teve enorme efeito multiplicador, gerando uma cadeia de comprometimento com a mensagem que pretendia difundir.
Remetendo ao mundo atual, constata-se que os horizontes poderão se abrir para quem sabe o que quer, porque não há concorrência quando existe um comprometimento apaixonado. Não foi por acaso que Jesus perguntou aos seus discípulos: “Vocês podem realmente me seguir?”. O fundamental é desenvolver um espírito de liderança comprometida. Mesmo assim, alguns pequenos percalços, às vezes, não podem ser evitados. Todo líder se depara com as fragilidades de seus liderados e tem de lidar com elas.

9. Acessível

As referências aos seus milagres aparecem em profusão na Bíblia, o que comprova que era um líder acessível. “Então correu a ele uma grande multidão, trazia consigo mudos, cegos, coxos, enfermos e outros muitos: e lançaram-se aos seus pés e ele os sarou” (Mateus 15:30). Se existia algum problema por onde passava, ele dava um jeito de resolvê-lo. Ele enxergava o que os outros não conseguiam ver. Como líder que era, fazia isso porque aprendera a entender a realidade não apenas a partir de seus próprios referenciais, mas também pela perspectiva daqueles que liderava, daqueles que desejava que seguissem sua mensagem. Tinha a capacidade de olhar através da lente do seu seguidor.
Nunca foi arrogante, nem mesmo quando foi lançado ao sinédrio para julgamento. O líder deve ter o coração aberto, ser flexível e receptivo.

10. Ter fé

Os lideres surgem de maneira espontânea. Sempre existiram e irão existir. O que os caracteriza, em essência, é a crença na causa que abraçam. Essa crença, por sua vez, “contamina” outros indivíduos, que se juntam a ele na defesa dos mesmos ideais. Jesus destacou-se por promover o crescimento de outras pessoas. E, até neste caso, exige-se crença bilateral: os discípulos acreditavam no seu líder e ele acreditava na capacidade daqueles que o seguiram.
E um liderado ou discípulo, assim como seu mestre, não se torna confiável pelo que diz ou ouve dizer, mas pelo que faz. Fé não é crença sm provas, mas confiança sem reserva.
O “grande homem” não existe. Todos os homens têm limitações. O importante é cada um despertar as suas qualidades e incentivar os seus potenciais, visando ao enriquecimento do aprendizado. Vários fatores compõem a liderança, mas o fundamental é que e use sempre o bom senso para nortear qualquer decisão n vida pessoal e profissional.
Nosso maior desafio individual é conseguir compreender nossa missão existencial, ou seja, o percurso a ser trilhado ara alcançar objetivos baseados na ética, em valores positivos e nos nossos sonhos.
Sérgio Motta é autor do livro Nazaré – um aprendizado sobre liderança, percorrendo os caminhos de Jesus Cristo na terra Santa. Professor: Ademil Antonio Brunholi – 2004/11/05

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